Naturologia

Naturologia
Terapias Naturais

domingo, 17 de outubro de 2010

Fitoterapia


Desde os primórdios da existência humana os povos se voltavam para as plantas buscando nelas cura para os seus males. O uso de plantas medicinais para auxiliar o tratamento dos enfermos é milenar, e hoje volta a estar em evidencia devido à crescente busca por formas menos agressivas de tratamento.
Apesar de o naturista encorajar o uso de ervas como ferramenta terapêutica, há uma grande diferença em como as usa em contraste com as demais escolas, em especial no que se diz o conceito do que é fitoterapia. Atualmente o ensinamento comum em relação ao uso de ervas para a promoção de saúde, é relacioná-las pelas suas propriedades terapêuticas aos diversos sintomas das doenças já catalogadas, entendendo que poderão combater ou atenuar os sintomas das ditas doenças.
Para o naturista esse pensamento é falho porque não leva em conta a homeostasia que é a única e verdadeira saúde. Sendo assim, todas as manifestações de enfermidade partem de uma só causa, a saber, o desequilíbrio da homeostasia, ou seja, uma alteração na normalidade funcional orgânica do enfermo. Portanto o naturologista jamais emprega a fitoterapia com o objetivo de aliviar sintomas, mas sim como um suplemento nutricional capaz de auxiliar o corpo no seu esforço para recuperar a homeostasia perdida.
Para o naturologista as plantas são ferramentas terapêuticas de apoio, que poderão auxiliar o processo de desintoxicação necessário para restaurar o equilíbrio das entradas e saídas sem o qual não há homeostasia –mas não são a cura. As plantas são meramente potencializadoras do verdadeiro tratamento que é a desintoxicação e conseqüente restauração da homeostasia. E é nesse aspecto que as plantas medicinais têm o seu verdadeiro valor.

Erva Doce (pimpinella anisum L.)
Concentração: Sub-Sistema Intestinal
Indicações de Uso Terapêutico
Acidez estomacal, asma, bronquite, cólica intestinal, contração muscular brusca (espasmo), dispepsia nervosa, dor de barriga, dor de cabeça, gases intestinais, inflamação, palpitação, tosse crônica, vômito. Estimulante da diurese. Aumenta a transpiração e favorece a eliminação de gases intestinais. Diminui a densidade e aumenta a fluência do muco dos pulmões.
Contra-Indicações e Efeitos Colaterais
O óleo essencial em altas doses provoca intoxicação acompanhada de tremores. O abuso crônico provoca convulsão e confusão mental. Não deve ser usada durante a gravidez e se tiver problemas crônicos gastrointestinais, como úlcera duodenal ou gástrica, refluxo do esôfago, colites ulcerosas, colites espasmódicas e diverticulites. Pode causar alucinações. Em pessoas predispostas, mesmo em doses normais pode haver alergia.
Modo de Usar
Decocção: ferver durante 10 minutos 10g (planta seca) em 1 litro de água.
Tomar:
-de 8 a 14 anos: ½ xícara 3 vezes ao dia;

-de 15 a 21 anos: 1 xícara 3 vezes ao dia;
-de 22 a 63 anos: 2 a 3 xícaras ao dia;
-acima de 63 anos: 1 xícara 3 vezes ao dia.
-Nos casos de distúrbios renais: 30g/litro (planta fresca).
-Câncer: 40g/litro.
-Diabetes: 75g/litro.
-Diurese: 35g/litro.



Formas de Aplicação

Infusão

A infusão costuma ser indicada para flores, folhas ou frutos, mas pode-se utilizá-la para outras partes das ervas. Primeiro coloque a água no fogo e, quando ela estiver em ebulição, jogue na chaleira as ervas e tampe. Deixe ferver por alguns segundos, apague o fogo e mantenha a mistura descansando por dez a quinze minutos. Em seguida é só coar e tomar.

Tisana

É um tipo de infusão. O processo de preparação da tisana é igual ao descrito acima pra a infusão, com a única mudança sendo que na tisana mantêm-se as ervas na água fervente por uns cinco ou seis minutos antes de desligar o fogo, ao invés dos poucos segundos utilizados na preparação da infusão.

Decocção

É o método mais adequado para cascas, caules, frutos secos, raízes e sementes. Nesse caso, as plantas picadas são colocadas em uma chaleira com água fria, e levadas ao fogo. Deixe ferver por cinco a dez minutos antes de desligar.

Maceração                                                          

Na maceração você pode usar qualquer parte da erva. Pique-a bem ou amasse com um pilão, ante de mergulhá-la em água, óleo ou álcool. A escolha do líquido deve ser feita de acordo com o objetivo que se deseja alcançar. As partes tenras das plantas, incluindo flores, folhas e sementes, devem ficar “de molho” por no mínimo doze horas. No caso de cascas e raízes macias, ou de talos amolecidos esse tempo sobe para dezoito horas. Quando se tratar de cascas, raízes e talos grossos ou duros, a maceração precisa durar vinte e quatro horas.
Muitas vezes é necessário bem mais do que isso, ficando em descanso por dez a quinze dias, dependendo do que se deseja preparar. Antes de usar côa-se a mistura em tecido, espremendo bem antes de se desfazer dos resíduos.

Suco

Lave muito bem as ervas e plantas com água fria. Se necessário, pique-as em partes mais fáceis de serem manuseadas. Bata no liquidificador ou centrifuga. Dependendo da planta, esse líquido pode ser utilizado diluído na água, puro ou em gotas no chá.
Geralmente esse suco dever ser ingerido imediatamente, mas se colocado em um recipiente fechado e refrigerado, poderá ter sua duração aumentada sem que haja uma grande perda das suas propriedades vitais.

Inalação                                                                 

A inalação herbal é muito indicada no tratamento de males respiratórios, descongestionando e ajudando na respiração. É também ótimo expectorante. Coloque um punhado de ervas, secas ou frescas, em uma panela de ampla superfície, mas não muito alta. Adicione água e leve a mistura ao fogo. Assim que ferver, reduza o fogo e abafe por cinco minutos. Cubra a cabeça com uma toalha, formando uma tenda e se aproxime da panela de forma que ela também fique coberta pela toalha. Inale este vapor por cinco minutos.

Tintura

Tinturas são feitas com álcool, que preserva as propriedades ativas das plantas. Geralmente são destinadas a preparações de uso externo e compressas.
Para a preparação da tintura coloca-se as partes das ervas (picadas se necessário), frescas ou não, em um recipiente previamente esterilizado e que possa ser fechado hermeticamente. Adiciona-se álcool (geralmente de cereais) para cobrir as ervas. A mistura é deixada em recipiente fechado por 2 semanas aproximadamente, sem o contato da luz. O frasco deverá ser agitado pelo menos uma vez por dia, enquanto segue a maturação. Após esse período o líquido é coado e armazenado e recipiente escuro e hermeticamente fechado.

Ungüento

É uma preparação gordurosa para uso externo. Faça uma infusão bem forte, fervendo as partes da planta, frescas ou secas. Como alternativa a infusão pode-se usar oitenta a cento e vinte gotas de tintura herbal. Acrescente então um pouco de azeite de oliva ou de girassol e deixe a água ser absorvida pela mistura. Adicione cera de abelhas ou manteiga de cacau, até obter uma consistência cremosa. A mistura deverá ser guardada na geladeira em recipiente de vidro.

Compressa

A compressa é indicada no caso de feridas e contusões, e tem efeito mas brando que as cataplasmas.
Se umedece um pano (de algodão, linho, gase) bem macio, com a infusão ou decocto da erva adequada. O pano então é colocado sobre a região afetada, e seguro por uma bandagem por vinte minutos pelo menos. As compressas podem ser quentes ou frias.

Cataplasma

A cataplasma consiste nas ervas amassadas ou trituradas, aplicadas diretamente sobre a região afetada e seguras com uma bandagem. É aconselhado o uso de ervas frescas mas também pode ser feita da mistura de ervas em pó com água fervente. A cataplasma é ótima para drenar as impurezas da pele e portanto é muito indicada no tratamento de hematomas, abscessos e ferimentos.

Óleos essenciais

São extratos concentrados produzidos através do processo de destilação. São usados em gotas tanto para o uso interno, geralmente diluído em água ou chás, como também para uso externo aplicado diretamente ou diluído em óleos carreadores.



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